Campina Grande foi primitivamente uma aldeia de índios Cariris. Em 1697 o português Teodósio de Oliveira Lêdo fixou ali a tribo dos Ariás, iniciando-se, no ano seguinte, a catequese dos indígenas por um franciscano enviado pelo governador na Capitania, Manoel Soares de Albergaria. Situado entre o alto sertão e a zona litorânea, com terras propícias às culturas de mandioca, milho e outros cereais indispensáveis à vida dos colonos, o aldeamento converteu-se rapidamente em povoado próspero e já em 1769 era freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição.
Em 1790, transformou-se em vila sob a denominação de Vila Nova da Rainha. A população local participou dos movimentos revolucionários de 1817, 1824 e 1848. Em 1874, irrompeu no município a insurreição do 'Quebra-quilos', motivada principalmente pela decretação de impostos e adoção do novo sistema de pesos e medidas. Tal movimento se estendeu a várias outras cidades e províncias do Nordeste.
Em 1888, Campina Grande tinha cerca de quatro mil habitantes e era talvez a mais populosa e próspera localidade do interior da Paraíba. Passava por ali a principal estrada que ligava os sertões paraibanos e rio-grandenses do norte às cidades da Paraíba e do Recife. O ramal da Great Western of Brazil Railway Company - hoje Rede Ferroviária do Nordeste -, inaugurado em 1907, a iluminação elétrica em 1919 e o serviço de abastecimento de água em 1939 foram fatores decisivos no surto do progresso local.
Inicialmente um pequeno ponto de parada para tropeiros, a área conhecida como "Campina Grande" foi fundada, ligada à expansão pecuária no interior do Brasil.
Campina Grande foi elevada à condição de vila, chamada de "Vila Nova da Rainha", marcando o início de sua estrutura administrativa própria.
Com o crescimento econômico e populacional, a vila foi elevada à categoria de cidade, consolidando-se como um polo regional.
O cultivo e comércio de algodão começam a ganhar força, transformando Campina Grande em um dos centros produtores mais importantes do Nordeste.
A inauguração da linha ferroviária impulsionou o comércio e a indústria, facilitando o escoamento do algodão e a conexão com outras cidades.
A chegada da energia elétrica impulsionou a urbanização e a modernização da cidade, favorecendo o surgimento de novas indústrias.
A cidade se torna sede de diocese, reforçando sua importância religiosa e cultural no Estado da Paraíba.
A Rádio Borborema foi fundada, levando informação e entretenimento a uma vasta região, e fortalecendo a identidade cultural local.
Campina Grande ficou conhecida internacionalmente como "Liverpool brasileira" devido à sua forte exportação de algodão para a Europa.
A criação dessa instituição de ensino superior, que depois seria incorporada pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), fortaleceu a formação acadêmica e profissional da região.
Nesse período, Campina Grande diversificou sua economia, com crescimento industrial e, futuramente, o surgimento do seu polo tecnológico.
Com o fortalecimento de cursos de informática e engenharia, a cidade começou a se destacar como centro de inovação, sendo considerada uma "Silicon Valley brasileira" na época.
Campina Grande mantém sua importância como centro de inovação, educação universitária, além de sediar grandes eventos culturais como o "Maior São João do Mundo".